BloomBTech apoia 117 negócios e revoluciona a atuação das incubadoras em Minas
O Bloom Business Technology, BloomBTech, foi realizado em 2015 pela Wylinka, em uma iniciativa do SEBRAE em parceria com o Governo de Minas Gerais e a Rede Mineira de Inovação. O programa teve o objetivo de direcionar estrategicamente as empresas das incubadoras do Estado, suprindo gaps de posicionamento e visão de mercado desses negócios. O projeto atendeu mais de uma centena de empresas em diversas cidades mineiras, oferecendo mais de 440 horas de apoio e suporte a esses negócios. As incubadoras também foram impactadas pelo resultado do projeto, tendo acesso a novos caminhos para potencializar o desenvolvimento das suas residentes.
Resultados sistêmicos para empresas e incubadoras
Ao todo, foram atendidas 17 incubadoras e 117 empresas incubadas. Foram realizadas, aproximadamente, 600 reuniões entre a equipe Wylinka e as empresas incubadas, 440 horas de workshops e compartilhamento de mais de 20 metodologias, impactando mais de 250 pessoas. Foram desenvolvidos 110 estudos de mercado nas áreas de educação, meio-ambiente, publicidade, energia, transportes, alimentos, construção civil, telecomunicações e finanças.
Por atuar de maneira holística, o BBT conseguiu gerar integrações frutíferas conectando regiões, incubadoras e empresas de localidades distintas. Essa catálise nas redes de contato gerou um ganho perceptível nas relações comerciais e operacionais das empresas incubadas. Já o fortalecimento de uma atmosfera vibrante nas incubadoras e o maior engajamento por parte dos empreendedores trouxe mais visibilidade para as incubadoras nas regiões em que estavam inseridas, havendo maior envolvimento delas com o ecossistema local.
Como adaptar as incubadoras a um novo contexto de inovação no país?
O projeto surgiu em um momento de florescimento da cultura de startups e aceleradoras no estado. Com a crise econômica naquele momento e a diminuição dos recursos aplicados nas universidades, como ficaria a atuação das incubadoras de empresas de base tecnológica? Na ponta dessa atuação, estavam os empreendedores de base tecnológica, que por trazer uma bagagem muito técnica e acadêmica, tendem a se concentrar muito mais nas especificidades de produto do que nas percepções e demandas do mercado.
Mergulhados nesse contexto, enfrentamos o desafio de encontrar soluções, redesenhar modelos e pensar como tirar proveito do contexto da época para alavancar as incubadoras no Brasil. Como poderíamos utilizar metodologias usadas em programas de aceleração de startups aplicados à realidade das incubadoras? Como poderíamos desenhar mecanismos para melhor medir o desempenho e aumentar os resultados das incubadoras?
Como geramos esse impacto
Com quatro equipes atuando em diferentes áreas de Minas Gerais, trabalhamos ao longo do segundo semestre de 2015 para entender o contexto dessas empresas e construir juntos caminhos viáveis para melhorar o seu desempenho. O diferencial do projeto residiu em desenvolver nos empreendedores um olhar de mercado sobre seus negócios – salientando a importância de uma boa estratégia de marketing e vendas –, além de incorporar a cultura empreendedora e as metodologias de validação de modelo de negócio nas rotinas das empresas incubadas.
Foi essencial que a Wylinka tivesse um acompanhamento próximo desses negócios e colocasse a sua equipe focada em diagnosticar os empreendimentos e estudar o seu mercado e posicionamento. As quatro etapas do projeto consistiam em:
- Diagnóstico: nossa equipe se reuniu individualmente com cada empresa incubada para conhecer o negócio, as estratégias de mercado, equipe, produto, e elaboraram um relatório com os principais pontos a serem trabalhados no projeto;
- Diligência da inovação: consiste em um estudo de mercado realizado pela Wylinka;
- Workshop: apresentação do estudo de mercado e criação de um plano de ações para desenvolver os principais pontos de melhoria;
- Reuniões de acompanhamento das ações dos empreendedores com base na estratégia definida no workshop.
Além do trabalho com os empreendedores, percebemos no decorrer do programa que os avanços em amadurecimento de tais empresas transbordavam para suas incubadoras – melhorando o ambiente, atraindo novos contatos, estimulando networking e trazendo aprendizados para todos – gestores, outros empreendedores e pessoas envolvidas.
Veja abaixo a avaliação recebida por algumas empresas após passarem pelo programa:
“ “(...) a empresa apresentou um crescimento merecedor de destaque, iniciando quatro novos projetos, estabelecendo novas conexões com diversos outros negócios e também dando início à sua operação comercial (...)”
“ “ (...) a empresa incubada apresentou uma evolução notável, o que resultou em avanços tanto na capacidade de execução do time, quanto em termos comerciais.”