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10 vezes em que cientistas e inventores brasileiros mostraram que melhoram o mundo

25/agosto/2019

10 vezes em que cientistas e inventores brasileiros mostraram que melhoram o mundo

Estadão, 06/09/2017: “(…) Se você toma remédio para hipertensão, também deve um obrigado à ciência brasileira. O princípio ativo de um dos medicamentos mais usados no mundo para controle de pressão arterial, conhecido como captopril, foi descoberto no veneno da jararaca por um cientista brasileiro, Sérgio Henrique Ferreira, da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, na década de 1960. A indústria brasileira da época não estava capacitada a fazer o desenvolvimento tecnológico necessário para transformar a tal molécula em fármaco, por isso a droga acabou sendo desenvolvida fora do país; mas a ciência básica que deu origem a ela foi 100% brasileira.

Já usamos essa abertura em outro post, mas é porque realmente acreditamos no poder da ciência melhorando o mundo, e esse caso brasileiro diz tudo. Unir ciência com impacto está no coração de todos os projetos da Wylinka — como o recente mapeamento de tecnologias que fizemos junto à Associação Samaritano, à Eurofarma e ao Instituto Sabin, ou até mesmo em trabalhos junto ao Reino Unido para repensar em políticas públicas de inovação para o Brasil. Para o post de hoje, pensamos em levantar 10 momentos em que cientistas e inventores(as) mostraram seu valor com soluções que melhoram o mundo. Sem mais delongas, vamos à lista 🙂

Photo by Ramón Salinero on Unsplash

1. Bianca Maniglia, produzindo plástico 100% biodegradável com resíduos da agroindústria

“O fato do novo material ser totalmente desenvolvido a partir de descartes da agroindústria faz toda diferença. Ao mesmo tempo, recicla resíduos; é biodegradável; é produzido com fontes renováveis que não se esgotam como o petróleo (de onde sai o plástico comum) e cultivadas em qualquer lugar do mundo. Bianca lembra de mais predicados de seu produto: matéria-prima barata, que não compete com o mercado alimentício e ainda “contém composição interessante com a presença de ativos antioxidantes”.
Essa fórmula com compostos antioxidantes, lembra a pesquisadora, pode ser ainda mais interessante no desenvolvimento de embalagens ativas — ”Uma embalagem ativa interage com o produto que envolve, sendo capaz de melhorar a qualidade e segurança para acondicionamento de frutas e legumes frescos.””

Fonte: Jornal da USP

2. Leonardo Azzi Martins, que, aos 20 anos, inventou uma nova prótese e foi premiado em Israel

“A ciência parece algo inacessível e praticada por uma intelectualidade elitizada, mas ela existe para aproximar e ajudar as pessoas, e por isso precisa ser mais aberta — diz, com maturidade, o rapaz que acaba de retornar de Israel, onde ganhou uma bolsa para estudar por 28 dias no Instituto Weizmann de Ciências, considerado pela conceituada revista Nature o terceiro melhor instituto de pesquisa do mundo. (…)
Quando seu avô, Claudino Enes Azzi, de 67 anos, teve uma perna amputada devido a uma trombose causada pela diabetes, Leonardo, que é técnico em mecatrônica pelo Instituto Federal Sul (IFSUL), desenvolveu a prótese transfemoral inteligente. Nomeada de SmartLeg, a invenção é uma perna mecânica para amputados acima do joelho.
O invento usa sensores de movimento que ficam ligados ao coto — a parte da perna junto ao corpo — , e dispositivo consegue entender o movimento enviado pelo cérebro. O projeto torna a caminhada mais confortável, além de permitir o acesso ao histórico dos dados da pessoa e o gerenciamento remoto dos dados.”

Fonte: GauchaZh Ciência e Tecnologia

3. Fundadores da Pluricell, na USP, fazendo avançar em pesquisas de regeneração de tecidos cardíacos

“A brasileira Libbs Farmacêutica está investindo em um projeto de longo prazo e com a perspectiva de trazer avanços substanciais na área da Saúde. A companhia acaba de assinar um contrato com a PluriCell, startup fundada em 2013 e parte da incubadora USP/IPEN-Cietec, para desenvolver, em parceria, uma terapia celular regenerativa para doenças cardiovasculares. (…)
O objetivo é desenvolver células cardíacas em laboratório, a partir de células-tronco, capazes de regenerar o tecido cardíaco. No centro da iniciativa estão as pessoas que sofreram infartos do miocárdio e que, por conta desse incidente, vivem sob uma série progressiva de restrições em seu dia-a-dia. “A capacidade regenerativa das células do coração é extremamente baixa”, explica Marcos Valadares, CEO e cofundador da PluriCell. “Hoje, só existem terapias paliativas, que atacam os sintomas e não o problema.” Lívia destaca outro aspecto do projeto. “Quanto maior o número de iniciativas que o ecossistema em todo o Brasil gerar, melhor”, afirma. “Do contrário, perdemos competitividade. A inovação acontecerá em outro país e teremos um custo maior para trazê-la para cá.”

Fonte: Istoé Dinheiro

4. Marcelle Soares-Santos, considerada como uma das melhores cientistas do mundo por seus trabalhos sobre expansão do universo

Foto: FAPESP

A astrofísica coordena uma equipe no Fermilab, um dos mais renomados centros de pesquisa em física de partículas, que ajudou a detectar uma fusão de estrelas de nêutrons pela primeira vez e atualmente está ajudando a criar um método novo para determinar a constante de Hubble.
Ela chegou ao Fermilab em 2010 para um estágio de pós-doutorado e auxiliou na construção de um dos maiores detectores de luz já construídos: uma câmera de 570 megapixels que está instalada em um telescópio no Chile para mapear 300 milhões de galáxias no projeto Dark Energy Survey (DES).

Fonte: Só Notícia Boa

5. Luiz Fernando da Silva Borges, aos 20 anos inventando um sistema de comunicação com pessoas em coma

“O brasileiro venceu na categoria engenharia biomédica em 2016 e 2017 o Intel International Science and Engineering Fair, prêmio promovido pela multinacional de tecnologia Intel e que destaca projetos em ciência e engenharia. 
O reconhecimento ajudou Borges a encontrar investidores. Em 2017, ele recebeu um investimento de 150 mil reais para desenvolver um computador que, quando conectado ao cérebro de pacientes em coma, consegue detectar e traduzir sinais para que a pessoa possa se comunicar.”

Fonte: Exame

6. Fernanda Abra, bióloga premiada internacionalmente por seu trabalho de proteção à fauna nas rodovias brasileiras

“Seu objetivo é reduzir atropelamentos e mortes de espécies de mamíferos brasileiros nas rodovias, principalmente no estado do Mato Grosso do Sul. É assim que ela atua com sua consultoria, a ViaFAUNA, e em projetos de conservação como a INCAB/IPÊ — Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira, do Instituto de Pesquisas Ecológicas. E é por tudo que vem realizando nessa área que ela foi agraciada com o Future for Nature Awards 2019, um dos prêmios de meio ambiente mais importantes do mundo. A premiação é realizada pela organização holandesa Future for Nature (FFN),que apoia jovens conservacionistas de natureza comprometidos com a preservação de espécies animais e vegetais no planeta.
A bióloga, que nasceu em Bauru, mas vive em São Paulo, está terminando curso de doutorado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), com pesquisa focada na questão dos atropelamentos de fauna nas rodovias do estado de São Paulo e seus impactos na conservação da biodiversidade, na segurança humana e na economia.”

Fonte: Conexão Planeta

7. Tiago dos Santos, criando bueiros de rua à prova de entupimento

Foto: PEGN

“O sistema é simples: um equipamento que funciona como um filtro, deixando a água passar e retendo todo o lixo. O catarinense foi lá e tirou do papel o projeto, implementando no bueiro em frente ao seu trabalho.
Não suficiente, deixou um bilhete com os dizeres “A água passa, o lixo fica e o rio agradece”, com a intenção de conscientizar quem passar pela região. A resposta foi tão positiva que parte do poder público se mostrou interessada a discutir alternativas de implementar novos filtros pela cidade.”

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

8. Nadia Ayad, ganhando o primeiro lugar no Desafio do Grafeno, competição mundial da Sandvik, com uma proposta para dessalinização de água

“O desafio estimulava pessoas do mundo inteiro a apresentar ideias inovadoras para o uso do grafeno de forma sustentável em residências. A ideia de Nadia foi usar o material, um composto à base de carbono 200 vezes mais resistente do que o aço, em dispositivos de filtragem e sistemas de dessalinização, buscando oferecer água potável diretamente nas moradias.
Segundo o site do desafio, “a solução reduziria significativamente os custos de energia e a pressão sobre os atuais fornecedores com a ‘reciclagem de água’.“. Ou seja, ela foi capaz de criar um processo mais barato, sustentável e eficaz para o uso de água filtrada nas residências, o que rendeu o prêmio.
Nadia já realizou um intercâmbio na Inglaterra durante a graduação através do programa Ciência Sem Fronteiras. Agora, ela quer voltar ao país, graças aos muitos recursos para a ciência encontrados por lá. Foi também no Reino Unido que ela realizou seu primeiro estágio internacional, na Imperial College London, trabalhando no desenvolvimento de um polímero capaz de substituir válvulas cardíacas.”

Fonte: Hypeness

9. Fundadores da Hoobox Robotics criando um sistema que faz cadeiras de rodas se movimentarem a partir de expressões faciais

“Atualmente, 60 pessoas nos Estados Unidos estão usando um protótipo do sistema. Entre esses primeiros usuários estão pessoas que sofreram traumas na coluna vertebral e ficaram tetraplégicas, pacientes com doenças neurodegenerativas, como a esclerose lateral amiotrófica (ELA). (…)
Na primeira rodada de captação de recursos, iniciada em 2017, logo após encerrar a fase 1 do Programa PIPE da FAPESP — de teste de conceito da tecnologia — , a empresa foi incubada e recebeu investimentos da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein. A parceria com o Einstein possibilitou testar novas aplicações da tecnologia de reconhecimento de expressões faciais, como para a detecção de comportamentos humanos, como cansaço e sonolência, e até 10 níveis de dor, além de agitação, sedação e espasmos de pacientes em um ambiente hospitalar. A tecnologia será validada em monitoramento de pacientes em leitos de UTI no Hospital Albert Einstein.”

Fonte: Uol

10. Anna Luisa Santos, aos 21 anos criando um sistema de baixo custo para filtragem de água de cisternas utilizando apenas luz solar

“Anna Luisa Santos se formou em Biotecnologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 2018. Ela e outros três estudantes abraçaram a ideia promissora.
A boa ideia, que reduz a quantidade de bactérias em 99%, faturou uma bolada de R$ 25 mil com o segundo lugar na competição HackBrazil, evento brasileiro de tecnologia em Boston (EUA) que premia iniciativas empreendedoras.”

Fonte: Só Notícia Boa

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Para continuar vendo histórias assim, você tem alguns caminhos. O primeiro é seguir a Wylinka no Facebook, ou colocar seu email na nossa newsletter ali em cima. O segundo, e mais importante, é continuar apoiando a ciência brasileira — estimulando pessoas a se engajarem em causas e premiações similares, patrocinando projetos e desenhando programas de incentivo às universidades brasileiras. Tudo isso faz uma enorme diferença para o país 🙂

E se você, empresa ou órgão de apoio, quiser construir algum projeto de apoio à transformação da ciência em impacto no país, você pode também falar com o nosso time comercial, que vai adorar ouvir suas ideias! Você pode conhecer projetos que já fizemos clicando aqui. Querendo fazer algo conosco, é só mandar um email para a chefia do comercial, a Anna Bolívar (anna.bolivar@wylinka.org.br), que ela resolve tudo. 🙂

Because when you rock, #wyrock!

Autor: Artur Vilas Boas.

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