Wylinka e Invest Amazônia lançam série que mostra o potencial da Amazônia
O Brasil possui cerca de 50 mil espécies de plantas, o que lhe dá o posto de detentor da maior biodiversidade vegetal do mundo. Nessa imensidão, a Amazônia Legal se destaca ao abrigar cerca de um terço das florestas tropicais do planeta, além de atuar na manutenção de serviços ecológicos. Assim, cabe a nós construir formas sustentáveis de economia, visando o desenvolvimento a partir de uma floresta com árvores em pé e rios limpos.
Hoje em dia, a região abriga uma pluralidade de potências latentes. Para se ter uma ideia, as atividades extrativistas realizadas na Amazônia, apesar da pequena escala, já são mais lucrativas do que desmatar. O pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP, Carlos Nobre, deu o exemplo da produção de carne e soja – durante o evento OCAAWebinários: A viabilidade da bioeconomia na Amazônia. Segundo ele, o valor anual é de R$604 por hectare; no caso do açaí, cacau e castanha, chega a R$12,3 mil.
E o potencial da região é ainda maior! Um estudo realizado pelo projeto Amazônia 2030, identificou que entre janeiro de 2017 e dezembro de 2019, empresas sediadas na Amazônia exportaram 955 produtos diferentes. Desse total, pelo menos 64 podem ser considerados “compatíveis com a floresta”. A pesquisa ainda revela que esse desempenho é residual e a região tem potencial para alcançar uma receita de cerca de US$2,3 bilhões”.
A ciência, tecnologia e inovação têm um papel fundamental nessa jornada!
Por meio delas, será possível promover o desenvolvimento econômico a partir de insumos amazônicos, gerando riqueza, resolvendo grandes problemas da sociedade e das indústrias e, sobretudo, preservando a floresta.
Potência Amazônica, o que é?
Buscando mostrar essas faces e potências da inovação na Amazônia, a Deep Wylinka e a Invest Amazônia estão lançando uma série de artigos produzidos a partir de entrevistas com lideranças femininas da inovação na região. Os textos serão publicados a partir do dia 24 de junho aqui na Deep Wylinka. O objetivo é dar voz às mulheres que estão gerando impacto no ecossistema de inovação a partir do empreendedorismo e da ciência.
A coletânea de textos dará origem a um ebook que será traduzido para o inglês. A ideia é trazer uma visão local da economia amazônica, das iniciativas e demandas dessa região, assim como compreender os pontos fortes e as vocações desse ecossistema muito relacionado à bioeconomia. Esse termo define iniciativas que visam criar relações harmônicas entre o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente.
Esperamos contribuir com a divulgação do potencial de inovação que a Amazônia oferece para o Brasil. Vamos juntos?
Conheça as entrevistadas!
Andrea Waichman
Graduada em Ciências Biológicas pela Universidad Nacional de Buenos Aires – Argentina, mestre em Ecologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e doutora em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Andrea foi Diretora de Capacitação do Centro de Ciências do Ambiente da Universidade Federal do Amazonas, Diretora de Pós-Graduação da Universidade Federal do Amazonas e Diretora Técnico Científica da FAPEAM. A pesquisadora também dirigiu a Gestão de Inovação, Propriedade Intelectual e Transferência Tecnológica da UFAM. Atualmente, é professora titular da Ufam.
Leia o texto com a entrevista da Andrea Waichman aqui!
Mayra Castro
Mayra é nativa da Amazônia com grande experiência em parcerias internacionais, elaboração de projetos, tradução cultural e liderança de equipes. Tendo morado na Europa por 6 anos, principalmente na Suíça, ela tem muito conhecimento e experiência em fazer pontes entre setores, países e interesses. Ela construiu e chefiou o consulado científico do governo suíço em São Paulo (Swissnex Brazil) conectando Brasil e Suíça em ciência, inovação, artes e educação. Ela também coordenou e construiu o acordo de parceria para um projeto ETH-Zurich (AtlantikSolar) na Amazônia, impulsionado pelo governo suíço, Governo do Estado do Pará, Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM).
Leia o texto com a entrevista da Mayra Castro aqui!
Raquel Tupinambá
Mulher, indígena, agricultora, ativista, defensora dos povos originários e empreendedora, esta é Raquel. Cacica da aldeia Surucuá e coordenadora do Conselho indígena Tupinambá do baixo Tapajós (CITUPI), ela é Bióloga, mestre em Botânica pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e doutoranda em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (UNB), além de ser Licenciada em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal de Ciências e Tecnologia do Amazonas (IFAM).
Leia o texto com a entrevista da Raquel Tupinambá aqui!
Samara Rodrigues
Formada em Farmácia pela Federal do Amazonas (Ufam), Samara Rodrigues é apaixonada pela Amazônia e por todos os seus mistérios. Ela é CEO da Pharmakos d’Amazônia, empresa presente no mercado de produtos naturais no Norte e Nordeste que tem como diferencial o contínuo investimento em pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias.
Leia o texto com a entrevista da Samara Rodrigues aqui!
Sheila Melo
Mestre em Propriedade Intelectual e Inovação pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI e Mestre em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação, Sheila coordenou o grupo de trabalho que regularizou o passivo da Medida Provisória 2186/2001 no Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional – SisGen, além de integrar a Comissão de Propriedade Intelectual e Inovação da OAB/PA. A pesquisadora é Especialista da World Intellectual Property Organization (WIPO), entidade internacional de Direito Internacional Público e, atualmente, representa a Embrapa no Fórum Técnico de Indicação Geográfica e Marca Coletiva do Estado do Pará.
Leia o texto com a entrevista da Sheila Melo aqui!
Vilmara Moraes
Cresci em Barcelos e aos 18 anos iniciei um relacionamento onde, como vítima de violência doméstica, me perdi. Em 2004, dei meu grito de liberdade. Fui Secretária de Turismo, de Meio Ambiente, Secretária Chefe da Casa Civil, Assessora Direta do Chefe do Executivo, desenvolvendo o papel diplomático da Prefeitura de Barcelos junto aos demais órgãos estaduais e federais. Em 2018, prestei serviços como Assessora Técnica na Junta Comercial do Estado do Amazonas (JUCEA) e na Academia conheci um projeto incrível idealizado por Cal Junior, a Ô AMAZON AIR WATER. Aquele momento repercutiu mais tarde quando ele me convidou para fazer parte da equipe. Hoje sou a Diretora Institucional e Diretora do Instituto Reação Natural, onde lido diretamente com os Projetos Sociais da empresa.