Deep Techs e Startups

Israel e Startups — Uma experiência de dentro.

22/dezembro/2019

Israel e Startups — Uma experiência de dentro.

Cidade de Tel Aviv

Israel é um país singular e incrível. Com apenas 8 milhões de habitantes do tamanho do Estado de Sergipe, possui características que fomentam a criação de Startups, inovação e tecnologia. Dos jardins de infância, às forças armadas, até as startups, a formalidade e a hierarquia são quase inexistentes, originando uma cultura que incentiva a audácia e a criatividade para soluções de quaisquer problemas. Uma oportunidade incrível de poder trabalhar no mercado com os empreendedores entusiasmados em realizar seus sonhos.

Como o empreendedorismo é ensinado por lá?

O desenvolvimento de empreendedores começa no jardim de infância. Tive a oportunidade de se der mentor em um Hackathon para crianças de 8 a 10 anos, onde elas foram desafiadas a elaborar uma solução para problemas do cotidiano de idosos. No final da competição, o diretor do colégio comentou para todos os alunos: “Não se trata apenas de dinheiro, mas sim de ser inovador e gerar valor”.

Aos 18 anos, homens e mulheres entram no serviço militar obrigatório do país. Onde muitos em unidades de combate, aprendem sobre o exemplo na liderança, serem criativos em montar as próprias estratégias e que está sempre em desvantagem, porque os inimigos que rodeiam o país têm maior número de soldados e equipamentos. Ao final de cada treinamento, todos, do soldado ao comandante, recebem um feedback brutalmente honesto, onde não existe orgulho, apenas a busca pela perfeição.

O ecossistema de startups em Israel

As Startups que tive a oportunidade de trabalhar foram uma grande mistura de todas as fases da vida israelense. A de uma criança sendo criativa para solucionar os problemas, a disciplina militar ao realizar projetos com desvantagem e momento atual, onde todos estão inspirados em tentar criar uma empresa que conquiste o mundo.

Em Israel, todos são extremamente sinceros e diretos. Os feedbacks são simples e na causa do problema, sem filtros, formalidades ou discussões paralelas. As reuniões são rápidas onde se discutem o problema, o que deve ser feito, a função de cada um e todos voltam ao trabalho em poucos minutos.

Em planejamentos estratégicos, a primeira ideia é de como exportar os produtos ou serviços. Pela pouca capacidade de mercado do país, os empreendedores se veem obrigados a tentar o mercado estrangeiro logo de primeira. As reuniões costumam ser discussões de quais países alcançar, como e quem precisa contratar para ajudar na proposta; por ser um país que recebe imigrantes de todo o mundo todos os dias, não é difícil encontrar e contratar alguém do país de origem do mercado do qual as empresas querem trabalhar.

É algo normal todos irem ao bar depois trabalho, já aqui o bar pode ficar dentro do escritório. As empresas alugam espaço nos escritórios compartilhados, onde encontram-se tudo nele, inclusive o do happy-hour, onde todos trocam ideia, experiências e motivações; o momento perfeito para encontrar a pessoas para um serviço específico, montar parcerias e fazer negócios.

Após 6 meses trabalhando na cidade portuária de Haifa, ao norte de Israel, tive oportunidades e experiências incríveis. Ensinei crianças sobre tecnologia, aprendi com ex-militares o significado de liderança, ser responsável sobre os projetos da empresa e como é importante ter um sonho, mas também traçar objetivos e uma estratégia para alcançá-los.

Alguns links para continuar mergulhado no assunto!

Autor: Daniel Ajzental, Business Analyst na Haifub.

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