Futuros Melhores

E qual o Zeitgeist das inovações tecnológicas em 2025? Um olhar para a CES.

05/fevereiro/2025

Mais um ano chegou, mais uma CES aconteceu e mais uma vez nós trazemos nossa tradicional cobertura do maior evento de inovação tecnológica do mundo por aqui (já é nossa oitava edição!).

Costumamos dizer que você pode analisar a Consumer Eletronic Show sob duas perspectivas: as fronteiras de tecnologia para o consumidor final ou as mudanças sociais que estão puxando essas inovações. Comumente, as coberturas olham para o primeiro ponto – os carros do futuro, as cozinhas do futuro e a fronteira tecnológica das TVs e computadores. Essa é uma cobertura fácil de encontrar no youtube (e recomendamos, pois há muita coisa interessante por lá). Porém, o que gostamos mesmo é de analisar as tendências sociais por trás do show, o Zeitgeist (espírito do tempo) que tem puxado tais novidades. E é sobre isso que falaremos nesta cobertura de 2025. Desta forma, nos concentraremos em três grandes tendências: tecnologias de resposta a eventos adversos; tecnologias em saúde; tecnologias para crianças.

Respondendo à falta de energia das crises climáticas

Como temos visto nos últimos anos, as mudanças climáticas têm gerado uma série de problemas – das secas com incêndios às chuvas em excesso seguidas de falta de energia. E qual a consequência disso tudo? Geralmente uma situação de ausência completa de infraestrutura, como energia, telefonia e internet. Com isso, temos um aumento na demanda por soluções que consigam garantir essa infraestrutura mínima em meio à crise – o que acaba refletindo nas tecnologias apresentadas na CES (tema em alta também em 2024, como cobrimos neste texto).

Em relação a isso, a CES2025 veio com saltos tecnológicos muito interessantes, em especial novas gerações de tecnologias que estão começando a amadurecer. Destacamos aqui as placas solares curvas do pessoal da Jackery, que se adaptam às telhas de residências de maneira fácil de instalar e com maior eficiência do que as soluções atuais. Entram aqui também as cada vez menores e mais fáceis de usar baterias residenciais backups (na linha das Power Wall da Tesla), como é o caso da Backup da BioLite, que é plug&play e consegue ficar até mesmo atrás de uma geladeira. Por fim, e para a gente o mais importante, o pessoal da Flint trouxe uma super inovação que são baterias feitas de celulose (“paper batteries”), que não só são flexíveis e super resistentes, mas também se decompõem no solo em apenas 6 semanas.

Além da geração de energia, alguns destaques nesse sentido são tecnologias para dar acesso remoto a celulares sem sinal, e aqui temos a excelente proposta do pessoal da HMD, que consegue oferecer acesso para regiões remotas, assim como tem tentado o pessoal da SpaceX.

Expandindo a capacidade de coletar dados de saúde

Por ser uma feira de consumer eletronics (eletrônicos focados no consumidor final), soluções focadas na grande visão do “quantified self” – a captura de diversos pontos de dados sobre o seu corpo (e.g., pulsação e movimentos) – são bem comuns na CES. E é por isso que a cada edição da feira encontramos novos avanços nesse sentido. Aqui temos desde dados mais digitais, como o pessoal da Ozlo, que oferece um “fone de ouvido” para dormir que não somente bloqueia sons externos e oferece um in-ear alarm, mas também monitora movimentos, ruídos, temperatura e iluminação do seu quarto para dar insights sobre o seu sono. Em linha, mas em uma pegada mais conceitual, o pessoal da Whitings trouxe a visão de um espelho inteligente cuja ambição é trazer uma visualização completa de diversos dados de saúde capturados por diversos dispositivos.

Numa linha de dados mais delicados, como biomarcadores em exames de sangue e urina, temos avanços muito poderosos na facilitação das coletas. Aqui destacamos o pessoal da Vivoo, que trouxeram fitas para exames de urina focados em fertilidade e outras análises. A empresa também tem apostado há alguns anos no avanço de tecnologias do tipo “pedra sanitária”, que fica nos assentos sanitários para coleta de dados diários. E para quem tem medo de agulha, a CES trouxe bons avanços, como um monitor de glicose baseado em infravermelho e o uso de laser para substituir as agulhas de hemogramas e injeções.

Por fim, e saindo um pouco da coleta de dados de saúde, temos que falar aqui sobre a colher que gera micro sinais elétricos na sua língua para aumentar o sabor do sal na boca, e assim permitindo comidas menos salgadas no seu prato.

Respostas aos impactos das tecnologias nas crianças

Um dos maiores desafios do mundo moderno é o aumento da ansiedade nas crianças, o que vem gerando crianças mais distraídas, com relações nocivas com as telas e muitas vezes menos disciplinadas. Endereçando especificamente esse ponto, uma das tecnologias que mais gostamos da CES foi o brinquedo do pessoal da Moonbird, cujo foco é permitir que as crianças possam fazer exercícios de respiração que levem ao relaxamento e equilíbrio emocional (e o melhor: sem necessidade de telas).

E falando em telas, o Thinkpal tablet vem como um tablet que oferece um ambiente seguro e controlado para crianças estudarem e se divertirem, incluindo um sistema de recompensas para o cumprimento de lições de casa e estudo. E vão além: a câmera do tablet vem com um espelho que analisa exercícios, como os de matemática no caderno, e oferece insights e dicas de aprendizagem. Na mesma linha de oferecer um hardware seguro para crianças, o pessoal da Gabb trouxe tanto um celular quanto um smartwatch com esse foco.

Por fim, respondendo ao desafio que pais têm para garantir uma rotina disciplinada de higiene oral, a empresa Willo trouxe uma solução que automatiza todo o processo de limpeza bucal das crianças, o Autoflo+. Com ele, além de facilitar a vida das crianças na higiene oral, os pais podem acompanhar o histórico de escovação das crianças e ainda oferecer uma experiência gamificada com recompensas e interfaces interessantes.

E chegamos ao fim de mais uma cobertura da CES! Esperamos que tenham gostado das novidades que aqui trouxemos. Para a gente, esse mapeamento é sempre importante para mantermos os nossos programas de aceleração bem atualizados. E se você tiver interesse em usar nosso conhecimento nos programas da sua organização, é só entrar em contato com nosso comercial, Anna Bolivar (anna.bolivar@wylinka.org.br). Também não deixe de nos acompanhar nas redes sociais – Linkedin e Instagram.

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